Perguntas Frequentes

O aumento da expectativa de vida da população nas últimas décadas é fato evidente e marcante na sociedade. Associado a isso ampliou-se a preocupação sobre como e o que se pode fazer para tornar o processo de envelhecimento mais ativo e saudável. Os conhecimentos biológicos, fisiológicos, sociais e comportamentais acumulados, principalmente nas últimas décadas, no campo do estudo do envelhecimento levaram a uma série de mudanças sobre o tratamento e particularidades na abordagem clínica e medicamentosa no cuidado do indivíduo idoso. Esses novos conhecimentos, em grande parte, contradizem a crença de que o cuidar de um indivíduo idoso é o mesmo cuidado de um adulto, surgindo, portanto, o médico especialista para lidar com esses pacientes, que é o médico Geriatra.

A Geriatria é uma especialidade médica focada no cuidado dos indivíduos idosos em seus diferentes contextos de saúde e doença e que tem como objetivo a preservação ou recuperação da funcionalidade, da autonomia, e da qualidade de vida, além da promoção do envelhecimento saudável. Para se qualificar na especialidade o médico deve, atualmente, fazer uma residência médica em Clínica Médica (Geral) e, depois, em Geriatria.

Na medida em que essa especialidade médica se torna mais conhecida entre as pessoas, é cada vez mais comum a dúvida sobre “quando procurar um Geriatra”?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil, o individuo é considerado idoso a partir dos 60 anos e esta seria a idade para se procurar o especialista. Entretanto, para definir o momento ideal de procurar o Geriatra, devemos considerar além da idade cronológica as necessidades clínicas individuais que podem servir como um melhor parâmetro para esta decisão. É importante ter em mente que o envelhecimento é um processo heterogêneo e que alguns indivíduos de 50 anos podem ter sua saúde mais comprometida do que outros de 80 anos e também já poderiam necessitar do Geriatra.

Particularmente, quando o indivíduo necessita do acompanhamento de diversos especialistas devido ao acúmulo de diferentes doenças frequentes no envelhecimento (comorbidades), como, por exemplo, Hipertensão, Diabetes, Osteoporose, Depressão, Osteoartrite, Hipotireoidismo, Dislipidemia (colesterol alto), Doença de Alzheimer e outras Demências, Incontinência Urinária, quedas e desequilíbrio, o Geriatra passa a ter o importante papel de ser o médico que faz o acompanhamento global e gerencia o tratamento entre doenças. Dispensando especial atenção sobre como o tratamento de uma determinada afecção pode interferir em outra e procurando sempre a preservação da independência física e qualidade de vida do idoso.

Esse processo, de acompanhamento multidimensional, é especialmente valioso ao longo do tempo, com a evolução histórica do caso. E também cabe lembrar que quanto mais envelhecido o individuo maior é a tendência de outros profissionais (fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas) se envolverem no tratamento, além dos cuidadores e familiares. Nesse contexto, de múltiplos interlocutores, a comunicação adequada acerca do estado clínico do paciente e dos tratamentos indicados é muito relevante. Trata-se de uma situação na qual o geriatra tem uma preparação diferenciada.

Por fim, outra visão sobre quando procurar o Geriatra é o caso daquele indivíduo que, apesar de não ter acumulo de doenças, gostaria de ter um acompanhamento com um médico habilitado para a promoção de um envelhecimento bem sucedido. Nesta situação quanto antes esse acompanhamento for iniciado maiores serão as possibilidades do profissional contribuir com um processo de envelhecimento adequado.

Em resumo, o Geriatra é um especialista capacitado para atuação ampla no processo do envelhecimento, indo da promoção do envelhecimento ativo e saudável naqueles indivíduos ainda sem doenças, até a preservação da capacidade funcional e qualidade vida na velhice.

É importante estar atento a alguns pontos para aproveitar melhor o tempo com a sua médica. Abaixo separamos algumas dicas úteis para que você possa se preparar:

Antes da consulta:
Se fizer uso de medicamentos leve a lista com nomes e doses e desde quando faz uso.
Se tiver feito algum tratamento ou cirurgia anteriormente anote as datas.
Separe exames recentes para mostrar.

Durante a consulta:
Não tenha medo de falar o que sente, mesmo que possa parecer besteira, parte do raciocínio clínico da sua médica depende da história que você conta.
Tire suas dúvidas

Depois da consulta:
Siga as recomendações da sua médica e em caso de dúvidas entre em contato.
Mantenha seu acompanhamento sempre em dia.